XLI – XLVII

XLI – TRADIÇÕES DE MACHICO – O livro intitula-se Aos olhos da memória – Recolhas Etnográficas em Machico, e o texto inicial é da autoria do investigador António Aragão. Em tempos, o filho deste ofereceu o caderno do manuscrito ao historiador Rui Nepomuceno, com o propósito de que este o tratasse. Porém, como uma neta do historiador é antropóloga, ele entregou-lhe o material para que Alexandra Nepomuceno, como especialista, o tratasse, Assim aconteceu. A obra, prefaciada por Jorge Freitas Branco, acaba de ser publicada pela Câmara Municipal de Machico,  tem mais de duzentas páginas e está à venda na Casa do Ribeirinho.  Ao que consta, apenas custa 5 euros.

XLII – APROXIMAÇÃO – Um homem vulgar chega-se ao homem distinto para ser visto. É quando realmente se faz invisível. – Camilo Castelo Branco.

XLIII – PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2012 – O prémio Nobel deste ano foi atribuído ao escritor chinês Mo Yan. O seu único livro publicado em Portugal foi o romance Peito grande, ancas largas, na Ulisseia, em 2007. É difícil encontrar um exemplar, fora das bibliotecas. É a segunda vez que um chinês obtém este galardão.

XLIV – LIVROS PERDIDOS OU NÃO DEVOLVIDOS – Antigamente, quando os jovens levavam os seus livros para a escola ou os emprestavam aos colegas, temendo perdê-los, escreviam isto na contracapa:

Livro meu muito amado,

Tesouro do meu saber,

Folgarei de te encontrar

No dia em que te perder.

Se este livro for achado

Quando venha a ser perdido,

Para ser bem conhecido

Leva meu nome assinado.

Se acaso for emprestado

Para algum conhecimento,

Dê-se-lhe bom tratamento,

Não o deixando esquecer,

Para que não venha a ser

O livro do esquecimento.

Este livro é de (punham o nome e o contacto).

Quem o achar

Lho torne a dar,

Senão ao Inferno

Irá parar.

Com a cabeça para o chão

e as pernas para o ar.

XLV – UM GRANDE PEQUENO LIVRO – Intitula-se A Lenda do Santo Bebedor, sendo da autoria do escritor e jornalista austríaco Joseph Roth, este pequeno romance de menos de 80 páginas, cuja leitura vivamente recomendamos, foi editado pela Assírio e Alvim. Tendo Paris como cenário, é a história de um sem-abrigo alcoólico a quem sucedem estranhos milagres… Na verdade, trata-se de um caso de premonição autobiográfica! A não perder!

XLVI – PONTUALIDADE – Pontualidade é prova de fina educação com os homens, e de primor de coração com as mulheres. – Camilo Castelo Branco.

XLVII – UM LIVRO FUNDAMENTAL – Ninguém pode deixar de ler A Metamorfose, a célebre novela de Franz Kafka, agora em edição da Relógio d’Água, escrita no Outono de 1912 e publicada três anos mais tarde, conta-nos como um jovem empregado, no espaço de uma noite se transformou num inseto e como teve de conviver com a família e o patrão, metido no seu quarto! Quando Kafka morreu, pediu que lhe destruíssem as obras, mas desobedeceram-lhe. E a Literatura transformou-se também…

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